Filipeta anexa aos carnês dará opção ao contribuinte mogiano de fazer doação à entidade. Fundos serão levados ao programa Teleton
Márcio Siqueira
Da reportagem local
O prefeito Marco Bertaiolli (DEM) promete arrecadar pelo menos 400 mil reais em doações à Associação de Auxílio à Criança Deficiente (AACD) para o próximo Teleton, previsto para novembro de 2011, e apresentar, em nome de Mogi das Cruzes, uma ajuda representativa à entidade que escolheu a cidade como local em que irá construir, até o fim do próximo ano, mais uma unidade de atendimento. Bertaiolli determinou que uma filipeta, anexa ao carnê do Imposto Predial e Territorial Urbano de 2011, no valor de dez reais, seja anexada a cada cobrança de contribuinte, como ajuda voluntária de quem se dispuser a colaborar com a entidade.
Bertaiolli parte do raciocínio de que cada um dos 400 mil mogianos pode doar pelo menos um real à AACD e promete colocar o poder público como instrumento para concretizar a instalação da entidade em Mogi, decretado em grande estilo pelo apresentador Silvio Santos na noite do último sábado, no final das transmissões do Teleton, programa anual do SBT que agrega atrações artísticas de renome a doações representativas à entidade que auxilia pessoas com necessidades especiais e que, nos últimos treze anos, agregou sua credibilidade a uma capacidade de mobilização que se traduz em ganho financeiro destinado ao aspecto filantrópico. Na última edição do Teleton foram R$ 20 milhões arrecadados a partir de telefonemas de todo o País, que fomentarão benefícios a portadores de necessidades especiais em 12 unidades espalhadas pelo território nacional. A 13ª será implantada, então, em Mogi, no ano de 2011.
Numa área remanescente do loteamento Bela Cittá, de propriedade da Suzano Papel e Celulose, cuja incorporadora é a Scopel, com frente para a avenida Francisco Rodrigues Filho, a custo zero para a entidade e para o município, e com terraplenagem doada pelo empreendedora, cujas obras terão início já no mês de dezembro, será construído um moderno prédio, a funcionar a partir de outubro de 2011, beneficiando centenas de pessoas de Mogi e outras tantas da região do Alto Tietê.
Bertaiolli conta com uma espécie de ajuda de custeio dos outros nove municípios do Alto Tietê, em tese beneficiados pela instalação da AACD em Mogi para dar a contrapartida aos R$ 2 milhões a serem aplicados pela entidade em Mogi, recursos esses obtidos por meio do Teleton. Ele conta com o apoio de parceiros públicos e privados na missão de implantar a AACD e mudar com isso, definitivamente, a relação entre entidades filantrópicas, a sociedade e o poder público em Mogi das Cruzes. "Vamos unir nossas forças para dar a uma entidade que é exemplo de credibilidade todas as condições de atuar em prol de gente que realmente precisa no Alto Tietê", enfatiza o prefeito. Ele avalia que o impacto social da implantação da AACD em Mogi será visível, a começar pela eficiência no atendimento a portadores de necessidades especiais e atuação, em conjunto, com outras entidades de renome na cidade, como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), que, atualmente, encaminha alunos que necessitam de tratamentos específicos.
O prefeito revela que foi a coordenadora de Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Valeriana da Silva Alves, nomea-da no primeiro semestre para um cargo inédito criado por ele, quem lhe trouxe a notícia de que a AACD havia aberto um concurso para escolher a cidade-sede de sua nova unidade. "Eu falei ´por que não?´ e autorizei os contatos para que se soubesse como agir para viabilizar o projeto", revela. Depois disso, Bertaiolli foi três vezes à sede da AACD, na capital, para se comprometer a receber aqui uma unidade da instituição e, mais do que isso, a incorporar seu programa de filantropia e serviços com um plano estatal municipal dotado de estratégias, contatos e protocolos de colaboração.